sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A estrutura de um filme

Num filme podemos encontrar vários tipos de palavra que para o ouvinte comum pode não ser estendível. Por isso começamos por fazer uma introdução ao que iremos desenvolver que é planos e sequências. Começamos agora por enumerar algumas palavras que podem esclarecer algumas mentes mais curiosas:

Cena: é uma unidade de tempo e de espaço em que se desenrola uma parte do filme. É menor que a sequência. Ao contrário do que ocorre nesta, não há elipses dentro de uma cena. Pode-se entender a cena também como a menor unidade fílmica com significado completo.


Corte: pode ser encarado de duas formas. No plano cinematográfico, é literalmente o corte da película ou a interrupção do registo pela câmara. No plano fílmico, acontece um corte, quando há descontinuidade da imagem mostrada na tela, correspondendo a uma mudança de planos, possivelmente com enquadramento e ângulos diferentes. O trabalho de montagem de um filme consiste em recortar as gravações e colar, em seguida, as partes seleccionadas, em uma ordem determinada, dando ao filme sua versão definitiva.



Enquadramento: é a acção de seleccionar determinada porção do cenário para figurar na tela. Assim, a depender do enquadramento, uma paisagem pode aparecer com mais céu, mais árvores, mais água. Uma pessoa pode aparecer inteira na tela, ou pode-se optar por mostrar apenas seu rosto.

Fotograma: é cada uma das imagens fotográficas estáticas captadas pelo equipamento de filmagem, as quais, projectadas em uma certa velocidade, produzem a ilusão de movimento aos olhos humanos. Para que haja o efeito de movimento, é necessário que as imagens sejam capturadas e, depois, exibidas à velocidade de 24 fotogramas por segundo. Isso acontece, porque nosso olho não é capaz de ver o que se passa dentro de um intervalo menor que a vigésima quarta parte de um segundo.

Fade-in: é a gradativa aparição da imagem, a partir da tela escura, em oposição ao fade-out.
Fade-out: é o gradativo escurecimento da imagem, até o preto total, em oposição ao fade-in. Esses recursos, usados juntos ou isolados, servem a diversos fins. Por exemplo, o par fade-out – fade-in é muito utilizado, especialmente nos filmes estado-unidenses clássicos, para demarcar a passagem de uma sequência a outra.

Fusão: consiste na passagem gradativa, com sobreposição, de uma imagem para outra. Assemelha-se ao fade-in e ao fade-out, mas estes mudam de uma imagem para o escuro ou vice-versa, enquanto a fusão ocorre entre duas imagens. Por exemplo, ao sobrepor a imagem de um homem à estátua de um leão, fazendo uso da fusão, pode-se sugerir uma característica do personagem, a depender do contexto: forte, bravo, violento, poderoso etc.

Campo: compreende tudo o que está presente na imagem: cenários, personagens, acessórios.

Extra-campo: remete ao que, embora perfeitamente presente não se vê. É o que não se encontra presente na tela mas que complementa aquilo que vemos. Designa o que existe algures, ao lado ou em volta do que está enquadrado.



O Plano
O plano no cinema é uma parte do filme aonde a câmara vai girando continuamente. É um conjunto ordenado de fotogramas ou imagens fixas, limitado espacialmente por um enquadramento que pode ser fixo ou móvel consoante a adaptação da situação.

Uma definição útil é de que plano é o intervalo que há entre dois cortes


O plano no filme
No filme finalizado, o plano não será mais um excerto inteiro de filme rodado, mas apenas o excerto seleccionado pelo
montador, eventualmente modificado pelo processo de pós-produção. O plano é então percebido como um excerto de filme situado entre dois cortes ou mais. No filme que já esta pronto o plano deixa de ser um conjunto de tentativas executadas de filmagens ou até mesmo montagens, para uma única escolha, montada em sequências com os muito planos do filme. No filme pronto, a tomada deixa de existir, ou então torna-se sinónimo de plano.


Existem vários tipos de planos como por exemplo:


  • plano geral ou de conjunto:onde os actores aparecem de corpo inteiro, a uma certa distância.





  • plano médio: mostra os atores de corpo inteiro, porém mais próximos e alguns detalhes do cenário.




  • Plano americano: é um posicionamento de câmara muito utilizado no cinema e vídeo. Enquadra a personagem dos joelhos para cima. Facilita a visualização da movimentação e reconhecimento das personagens. É chamado assim porque foram os norte-americanos que disseminaram este estilo de plano em seus filmes de faro este, onde a câmara deveria mostrar a expressão do actor e também a arma que ele carregava na cintura.





  • primeiro plano: mostra uma pessoa do tronco à cabeça.





  • Grande primeiro plano, destaca o rosto do ator, muito utilizado em novelas




  • Pormenor ou detalhe: mostra partes do corpo, como as mãos, os dedos, etc; inserção, destaca coisas ou objectos: copo, chamada de jornal, jarro com flores.



  • Close: É o plano enquadrado de uma maneira muito próxima do assunto. A figura humana é enquadrada do ombro para cima, mostrando apenas o rosto do/a actor/actriz. Com isso, o cenário é praticamente eliminado e as expressões tornam-se mais nítidas para o/a espectador/a. Corresponde a uma invasão no plano da consciência, a uma tensão mental considerável, a um modo de pensamento obsessivo.


A duração do plano pode ser executada de 2 formas;



  1. plano relâmpago: dura poucos segundos, correspondendo quase a um piscar de olhos, ou seja, cerca de 1 segundo.

  2. plano-sequência: é bastante longo, que a sua duração corresponde a uma sequência inteira do filme..





















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